quinta-feira, 26 de junho de 2008

Os homens da minha vida e suas respectivas "barbinhas"

Há algum tempo eu não apreciava muito. Achava coisa de homem largado, sem amor próprio. Me incomodava, achava feio, simplesmente. Lembro uma das muitas vezes que REencontrei Danilo e ele portava um cavanhaque meio falhadinho. Não conseguia beijar ele direito, aquela coisa futucava minha cara, parecia que eu beijava outra pessoa, um desconhecido, sei lá. Lembro também que quando a gente se conheceu ele tinha a cara quase limpa, um fiozinho aqui, outro alí. Era engraçado. Disse uma vez que se ele tivesse barba teria a mesma cara do pai naquela foto que fica em cima do rack lá na sala da casa dele. Exatamente a cara que ele tem hoje, 3 anos depois.

Com o passar do tempo comecei a reparar com mais cautela nas barbas que me cercavam. Em especial a de Rafael, que quando ele tira fica com cara de bunda. Definitivamente ele não combina de cara lisa! De barba ele fica com cara de homem, homem responsável, homem bonito.
Pois é, a barba sempre é um bom caminho para se ter cara de responsável, na maioria das vezes funciona. - Eu disse na maioria, não disse sempre - Penso nos que não podem recorrer a esse artifício, o que é o caso de Roni. Tadinho, ele não tem barba. E Rapha, que tem uns 5 fios completamente perdidos por todo o rosto. É tão divertido quando mando ele olhar pra cima, fico procurando a suposta barba e quase morrendo de rir! Mas é claro que não deixa de ter seu charme. Falando em charme, Bruno de barbinha fica o máximo! Cara de homem mau, cara de bandido, cafajeste, uma cara bonita, charmosa. Pena que ele usa quase nunca. Ao contrário de Luis, que nunca tira o cavanhaque que deixa ele perfeitamente lindo!

Diferente do charme da barbinha, um bigode é a coisa mais tosca que um homem pode fazer no seu rosto. Bigode é meio gay, estraga a face, faz o cara parecer um nada com traço em cima da boca. Eca! E é incrível como todo adolecente quando começam a crescer aqueles fiozinhos fazem questão de deixar lá, sujando o rosto. Se acham mais másculos por isso. Rai ai. Uma clara lembrança que eu tenho da minha infância é Raul de bigode, horrível! E pro azar dele eu era muito criança, não tinha autoridade suficiente ainda pra dizer a ele a merda que ele tava fazendo. Taí, Raul não combina de barba. Fica mais bonito limpo, acho que pelo formato do rosto, pela "cara de facão".

Será que daqui a algum tempo eu vou achar bonito homem de bigode? Que horror! Toamara que não. Sentirei vergonha por isso.


-Posso pegar na sua barbinha?

E a barinha dele é tão linda...

domingo, 22 de junho de 2008

Espero mesmo que não tenha apagado

Mochila grande e pesada. Muita coisa pra levar, inclusive a maldita ansiedade que me fez repetir infinitas vezes no dia anterior a tão conhecida frase um tanto quanto infantil "Eu quero minha mãe!"
Perdi meu buzú direto, o que resultou na descida na Paralela e a esperança de encontrar Alan lá, encostadinho esperando Leonardo, o que de fato não aconteceu. Já eram 7:10 e o único Vila de Abrantes que tinha passado mal dava pra pôr meu pé no primeiro degrau da escada de tão cheio que tava. Imagina se eu tento entrar com aquela mochila daquele tamanho?! Ia ser linxada [fato]. E meu cartão do Bradesco Saúde nem chegou ainda.
O jeito foi pegar o Aeroporto, descer em São Cristovão e pegar um transporte alternativo, aqueles que parecem andar de ré. E com um pipico de sorte (o que não era meu forte naquele dia) pegar um ônibus convencional e eu conseguir chegar na Renco com -5 minutos de atraso.
São Cristovão. Nada de buzú. A Topic já tava arrastando, lotada, quando eu segurei na porta e me lancei lá dentro. Num quis nem saber. O cobrador (brother ele!) pegou a bendita mochila da minha mão e pediu que um rapaz que estava sentado segurasse. Depois de mim entraram mais umas 20 pessoas (com exagero) e quando o motorista mais uma vez tentou arrastar, aparece ele. Alto, magro, dois brincos tipo argola bem pequenininhos, barbinha, calça jeans e camisa básica. A Topic tava tão cheia que não dava nem pra respirar. Eu estava de frente pra porta, do lado do rapaz que segurava minha mochila, ele na minha frente, de costas pra porta, mas assim, na minha frente mesmo! O trânsito tava meio lento (óia, nem queria!). Quando a porta abria, dava um tapa nele q ele caía lá fora, a pessoa descia e ele voltava pro lugar. Mas como esperado, as pessoas foram chegando aos seus destinos e o espaço se abrindo. Quando estávamos quase em Portão ele tomou a atitude de sentar lá nos bancos de trás. Foi nessa hora que minhas suspeitas sobre o cobrador-cupido se acabaram. Do nada, assim de uma hora pra outra ele lançou a idéia: - Tá longe ainda, aproveite pra descansar. Deixe sua mochila aqui e sente alí, ó!
Eu fui, lógico.
Alguns instantes depois surge o tão esperado diálogo.
-Você é daqui de Lauro de Freitas mesmo?
- Não, Salvador.
- Qual bairro?
- Sete Portas.
- E você, é daqui?
- Não, Salvador também. Stella Maris [Cacetada! Longe pa porra.]
(...)
- Você trabalha aqui?
- É.
- Onde?
- Secretaria de Saúde.
- Onde fica?
- Alí em Portão.
- E você, trabalha aqui?
- Não.
- Abrantes?
- É, na Renco. Fica aqui mesmo, na Estrada do Coco, depois da Pizza Hut.
O cobrador-cupido chega pra cobrar a passagem, ele tira do bolso o dinheiro e uma caneta. Entrega o dinheiro, olha olha pra minha com uma cara de "meu Deus, que vergonha!"
- Você pode me dar teu número?
Sorriso de "Pensei que você não ia pedir!"
- 81620973.
- Aí na mão vai apagar.
- Apaga não.
- Flávia.
- Prazer Flávia, Luiz Carlos.
- Luciano?
- Luiz carlos.
- Ah, Luiz Carlos. Prazer!

Amor de buzú é assim...

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Estranho, muito estranho.

Eu sou um ser humano, tenho meus instintos, ora!
Que mal há em sentir coisas? Sentir assim, sentir mesmo, com intensidade! Isso é ruim?
Até hoje nunca tinha sido chamada a atenção por esse motivo. E isso agora acabou me ingrigando. Será mesmo que eu sou anormal? Eu tenho mesmo que sentir vergonha por isso? O mais estranho é alguém se assustar, como se fosse absurdo e como se nunca tivesse visto alguma coisa parecida. E será mesmo q nunca viu, e de fato eu sou um ser fora do comum?

-Nunca mais eu vou deixar você fazer isso.
-Tem certeza?
-Não.
-huahuauhauhauhauahauhuhauhauhauhauhua

domingo, 8 de junho de 2008

Eu tento, porém os fatos não contribuem.

PUTAQUEPARIU!

Raul diz:
Pq num fica em casa?

Michelle diz:
Eu era mais de gastar esses 10 reais num rodízio de pizza.

Eu não queria ir, eu juro que eu não queria ir! Devia ter ficado em casa, ou ter ido pra Bastião curtir minha depressão. Mas não, fui teimosa, não escutei o q meu brother Thiago disse e agora tô aqui, 1 trilhão de vezes pior do que fui. Eu tento melhorar as coisas, mas não dou uma dentro, só me fodo, eu devia não existir.
E agora? O quê que vai acontecer? Esperar, é a única coisa que me resta.



Pensei até em pedir desculpas, mas preferi ir dizendo apenas o bom e velho tchau.


O dia clareou, acho que agora é a hora de dormir, né?

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Coragem


É chegada a hora de se largar
De dar desespero, se acomodar
Saber o que é o amor
Ficar com essa dor imensa.

Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta

terça-feira, 3 de junho de 2008

Surreal, eu diria.

Como diz meu vizinho de blog Cury em 99,9% de suas postagens, PUTAQUEPARIU!

Como é ruim ser chamada de fraca, assim na lata, na bucha, sem dó nem piedade. E as coisas ficam quatrocentos e quarenta e cinco mil vezes piores quando vc sabe que é verdade, o que não foi o meu caso, pq no meu caso foi quatrocentos e quarenta e cinco milhões de vezes pior, pq eu tinha plena certeza de que não era verdade e simplesmente não sabia como provar o contrário.

Um fim de semana diferente de tudo o que eu já vivi. Completamente conturbado e fora do comum. Surreal, eu diria.
Dinheiro sái, dinheiro não sái. Fuluano vai, fulano não vai mais. Tempestade em casa, Chove na rua, sái na chuva, pára de chover, somos só nós duas, depois somos três, mas não somos Aquelas de Sempre, somos apenas duas mais uma, não que essa uma tenha se tornado diminuída, ela apenas não era uma Daquelas. Festa vazia, velhos amigos, novas atitudes, belas atitudes! Dança, brinca, ri, conversa, dança, ri, bebe, dança, ri. Entra em crise por alguns minutos e se pergunta "O que é que eu tô fazendo aqui?". Depois disso foge, some por alguns instantes absurdamente incríveis, espetaculares! Surreais, eu diria. Volta, dorme, dança, quer ir embora, vai embora. Mas vai embora sozinha. Chega em casa, escuta o que não precisava, dorme, acorda, lava roupa, telefona, sái no susto, perde o ônibus, pega uma linha alternativa. Chega, passa na vizinha, conversa, ri, lembra da noite passada, vai embora. Passa no mercado, as coisas estão caras, atende o telefone, temos que ir embora, chegaram dois, vamos no mercado, compra o necessáio, volta pra casa, chega mais um, arruma a casa, corta batata, corta linguiça. Chega mais um, varre a casa, passa pano. Chega mais um, todos ajudando no almoço, chega o último. Almoça, bebe, tira foto, ri, deita, faz montinho, tira mais foto. Chegaram "os" dois. Sái, compra, volta, refugia, brinca, bebe, corre perigo, brincadeira embola, tudo se embola, todos se embolam. Surreal, eu diria. Desce, brigam ao telefone, mandam calar a boca, não calam a boca, continuam brigando ao telefone, riem, riem, riem. Discutem, seguram, soltam, você é fraca, conversa ao telefone, resolve tudo, mas tudo não foi resolvido, vão embora, encontram as consequencias, pensam na solução, acham que encontraram e dormem. Surreal, eu diria.