"Se eu resistir a primeira semana, com certeza tenho fôlego pra estudar o resto da minha vida!"
Rá! que engraçado. Foi mesmo muito dificil e confesso que um pouco engraçado também. Acordar 05:40 da madrugada (é madrugada mesmo!), um frio terrível, todo dia a mesma ladainha: "Eu quero dormir, eu quero minha mãe!". Água absurdamente gelada, salto alto, inglês, subir e descer escadas um trilhão de vezes, assinar zilhões de papeis, ficar a beira de um ataque de nervos e finalmente a tão esperada noite:
"A idade antiga blá blá blá..." Ops! Cochilei na aula de Adm.
"A memória RAM é volátil..." Ops! Cochilei na aula de Informática.
"O direito privado..." Ops! Cochilei na aula de Direito.
"A linguagem culta..." Ops! Cochilei na aula de Português.
"Mais com menos nem sempre é mais..." Carái! Em matemática nem dá pra cochilar!
Enquanto isso no buzú...
-Moço, qual o último horário desse ônibus?
-11 horas.
-Ele sái de lá de Santa Mônica 11 horas?
-É.
-Que horas mais ou menos ele deve passar aqui pelo Itaigara?
-Acho que umas 11 e vinte, esse horário o trânsito tá livre, num demora não.
-Brigada.
Atrás das cadeiras mais altas, aquelas preferenciais pra prenha e velho, logo na frente. Essas são as melhores, o espaço pras pernas é maior, por incrivel que pareça, é confortável! Sentada alí, dormi, lógico. Acordei (ou pelo menos abri os olhos) no susto, por pouco eu ia parar no Largo do Tamarineiro, 11 horas da noite. O ônibus parou exatamente no ponto, um pouco mais a frente que o normal. Desci meio atordoada, tentando me manter acordada pelo menos até chegar em casa. Contei os passos e virei a esquina. Mas peraê, cadê a esquina? Buf! A testa foi diretão na parede da farmácia, que fica um pouco antes do momento certo de virar. "Cara, acho que calculei errado!". Olhei disfarçadamente para os lados, "ufa, parece que ninguém viu", pra falar a verdade eu não tava em condições de enxergar ninguém naquela hora, se alguém viu, riu e eu nem raparei. Enfim, casa, banho, Aminovac e cama.
Foi difícil, mas nada que eu não conseguisse superar, nada parecido com a semana passada, quando eu resolvi fazer a merda de admitir certas coisas indecentes a mim mesma. Aquelas velhas sentimentalidades idiotas de sempre.
"E então ela resistiu a primeira semana e foi feliz para sempre!"
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Há 9 anos