terça-feira, 23 de setembro de 2008

23 de Setembro de 2015 - Hannah

Talvez eu pareça mesmo uma louca, ou melhor dizendo, talvez eu seja mesmo uma louca. Sei que não é nem um pouco normal uma piveta de 20 anos acordar numa manhã de terça-feira modorrenta, ao som de uma bela discussão de vizinhos onde prevalece o diálogo:

- Vc pensa que você é quem?
- Eu? Eu sou a disgraça, eu sou o diabo!

Então, a piveta aqui levanta toda serelepe, da um belo sorriso e pensa: “Faltam exatamente 7 anos pra chegada da minha minina!”

- Hã? Sua menina? Como assim? Aaah! Você ta falando da sua cachorrinha, né?
- Não, eu não gosto de cachorro, to falando de sete anos futuros e conseqüentemente da minha filha que vai nascer no dia 23 de setembro de 2015.
- Como você pode ter tanta certeza?


Caramba! Será que é mesmo tão difícil assim pra alguém programar uma vida? Tudo bem que as vezes não sai exatamente como a gente planejava, na maioria delas, completamente diferente.

“- Quando eu tiver no 3º ano vou fazer cursinho. Quero sair da escola e ir direto pra faculdade!”

Eu queria fazer cursinho e conseguir uma bolsa integral no prouni pra Publicidade e Propaganda na Unifacs. Fiz dois meses de cursinho, tirei uma nota de merda no Enem e consegui uma bolsa de 50% pra ADM numa faculdade que eu nem sabia que existia. Mas isso não vem ao caso.
O que importa é que em 2004 li um livro chamado Hanna, o anjo menorzinho de Deus. Foi a primeira vez que eu chorei lendo um livro. E foi depois disso, com uma convicção absurda que eu disse em alto e bom som: Minha filha vai se chamar Hanna!
Tempos depois essa idéia foi se aprimorando, a medida que eu lia repetidas vezes o livro (que eu decretei meu por direito após tantas idas e vindas). Descobri que a forma original do nome seria Hannah, que vem do hebraico e significa A cheia de graça.
Decidir quando ela chegaria foi a parte mais fácil, 2015 por eu estar com 28 anos e supostamente uma idade em que tudo estará no seu devido lugar. E 23 de setembro simplesmente por ser o inicio da mais bela das estações. E posso até imaginar eu dizendo pra ela:
- A primavera veio e com ela o melhor de todos os presentes do mundo!
O pai? Ah, o pai não me importa muito, pelo menos não por agora. Confesso que já importou de maneira significativa, mas agora não mais.
Mas a parte mais surreal de todas é imaginar um diálogo onde minha menina questionaria o fato de se chamar Hannah (até pq, todo mundo em algum dia da vida quer saber o pq do seu nome).

- Mamãe, pq eu me chamo Hannah?
- Por causa de um livro que eu li quando tinha 16 anos.

E esse será exatamente o momento em que eu vou presenteá-la com aquele livro que é meu por direito depois de tantas idas e vindas.

3 comentários:

Michelle M. Ataíde disse...

vc pode pelo menos comprar um exemplar novo.
esse aí tá pidindo arrego já!

Louise Cardeal disse...

É mesmo...

Daqui pra 2015 (se existirem livros ainda daqui pra lá) esse aí, esse aí mesmo que foi "tomado de assalto" da biblioteca municipal, já vai ter se dissipado)

Dá um livro digital pra ela!

ah! e eu lembrei (h)

Te amo Gorda até com sua vida programada desde qndo vc tava na barriga de Ana ¬¬.

Danilo Senhor_F_ disse...

vlona espero já ter conhecido vc pessoalmente antes disso heheh
saldades !!!
té+ bjuss