domingo, 22 de fevereiro de 2009

Texto para uma separação

Olhe aqui, olhos de azeviche
Vamos acertar as contas
porque é no dia de hoje
que cê vai embora daqui...
Mas antes, por obséquio:
Quer me devolver o equilíbrio?
Quer me dizer por que cê sumiu?
Quer me devolver o sono meu doril?
Quer se tocar e botar meu marcapasso pra consertar?
Quer me deixar na minha?
Quer tirar a mão de dentro da minha calcinha?
Olhe aqui, olhos de azeviche:
Quer parar de torcer pro meu fim
dentro do meu próprio estádio?
Quer parar de saxdoer no meu próprio rádio?
Vem cá, não vai sair assim...
Antes, quer ter a delicadeza de colar meu espelho?
Assim: agora fica de joelhos e comece a cuspir todos os meus beijos.
Isso. Agora recolhe!
Engole a farta coreografia destas línguas
Varre com a língua esses anseios
Não haverá mais filho pulsações e instintos animais.
Hoje eu me suicido ingerindo sete caixas de anticoncepcionais.
Trata-se de um despejo
Dedetize essa chateação que a gente chamou de desejo.
Pronto: última revista
Leve também essa bobagem que você chamou de amor à primeira vista.
Olhos de azeviche, vem cá:
Apague esse gosto de pescoço da minha boca!
E leve esses presentes que você me deu:
essa cara de pau, essa textura de verniz.
Tire também esse sentimento de penetração
esse modo com que você me quis
esses ensaios de idas e voltas
essa esfregação
esse bob wilson erotizado que a gente chamou de tesão.
Pronto. Olhos de azeviche, pode partir!
Estou calma.
Quero ficar sozinha eu co'a minha alma.
Agora pode ir.
Gente! Cadê minha alma que estava aqui?

--
Elisa Lucinda

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eles falam por mim tal e panz...

"Meiga como uma rocha"
Wilson

"Uma pessoa muito, muito linda, mas optou por se fechar em copas p se proteger."
Flávia Castro.

"É bem provável que nem os sonetos do Vinicius, as letras do Camelo ou a melodia de alguma música do Violins sejam capazes de quantificar a miscelânea de sentimentos que sinto por você."
Bê.

"Por isso que te amo, exú!"
Rapha.

"Tenho muito orgulho de vc, por enfim vc ter tomado coragem em enfrentar a vida, abdicar de antigos costumes e buscar o que sempre teve vontade pra sua vida. Liberdade, perspectiva de vida e tudo o que muita gente quer, isso tudo sem deixar que seus valores sejam deturpados. "
Carol.

" “Foi” muita coisa, mas o mais importante é que “É” ter você sempre por perto e sabendo que essa amizade vai tão longe que digo com todas as letras ou faltando algumas vogais: AMO VC!" "
Meu Xuxu.

"Sei q na sua vida, assim como vc na minha, somos partes das prioridades mais prioritárias desse amor mais puro e tantan, tal e coisa e coisa e tal...te amo pistia."
Michelle.

"Não existe coerência em querer dizer o quanto te amo; não existe justificativas para o carinho e admiração que tenho por você... "
Diogo.

"Nosso amor é tão grande que independente dos momentos mais turbulentos ele munca ira diminuir!! Obrigada por tudo!!"
Ul.

"Que importância tem a vida sem pessoas como vc por perto?
Te faria Um milhão de panquecas!"
Anne.

"A amizade que é um dos sentimentos mais marcantes na sua personalidade, que acompanhado do sorriso contagiante que vc tem, aproxima a todos tornando mais felizes..."
Deyb.

"Só amizade msm p aguentar vc me acordar cedão (08:00) p ver banda miada de fanfarra tocando Titanic... Ouf!
Minha GoiabadaCascão!"
Luise.

"É difícil imaginar isso apenas nos vendo brigar, mas é simples ver quando tenta nos ouvir quando tudo está bem... É apenas ver meu apreço por suas atitudes e conseqüências...
AMO DEMAIS ELA!"
Irmão.

"Espero viver o sufiente para ter muitas outras histórias para lembrar com vc, muitas outras viagens inesperadas, muitos outros roubos de jaca frustrados, muitas outras cachaças mal tomadas, de minha parte, com vc para me levar para casa!"
Zão.

"É muito bom ter vc sempre comigo apesar que as vezes é um pouco grossa mais tudo bem, te amo muito e obrigada por ser simplismente a minha Flavete de sempre."
Valdicréia.

"Ela é uma pessoa super-super-super. Adoro essa menina que tem muito a aprender e também a ensinar pra todo mundo."
Miguel.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

23 de Setembro de 2015 - Hannah

Talvez eu pareça mesmo uma louca, ou melhor dizendo, talvez eu seja mesmo uma louca. Sei que não é nem um pouco normal uma piveta de 20 anos acordar numa manhã de terça-feira modorrenta, ao som de uma bela discussão de vizinhos onde prevalece o diálogo:

- Vc pensa que você é quem?
- Eu? Eu sou a disgraça, eu sou o diabo!

Então, a piveta aqui levanta toda serelepe, da um belo sorriso e pensa: “Faltam exatamente 7 anos pra chegada da minha minina!”

- Hã? Sua menina? Como assim? Aaah! Você ta falando da sua cachorrinha, né?
- Não, eu não gosto de cachorro, to falando de sete anos futuros e conseqüentemente da minha filha que vai nascer no dia 23 de setembro de 2015.
- Como você pode ter tanta certeza?


Caramba! Será que é mesmo tão difícil assim pra alguém programar uma vida? Tudo bem que as vezes não sai exatamente como a gente planejava, na maioria delas, completamente diferente.

“- Quando eu tiver no 3º ano vou fazer cursinho. Quero sair da escola e ir direto pra faculdade!”

Eu queria fazer cursinho e conseguir uma bolsa integral no prouni pra Publicidade e Propaganda na Unifacs. Fiz dois meses de cursinho, tirei uma nota de merda no Enem e consegui uma bolsa de 50% pra ADM numa faculdade que eu nem sabia que existia. Mas isso não vem ao caso.
O que importa é que em 2004 li um livro chamado Hanna, o anjo menorzinho de Deus. Foi a primeira vez que eu chorei lendo um livro. E foi depois disso, com uma convicção absurda que eu disse em alto e bom som: Minha filha vai se chamar Hanna!
Tempos depois essa idéia foi se aprimorando, a medida que eu lia repetidas vezes o livro (que eu decretei meu por direito após tantas idas e vindas). Descobri que a forma original do nome seria Hannah, que vem do hebraico e significa A cheia de graça.
Decidir quando ela chegaria foi a parte mais fácil, 2015 por eu estar com 28 anos e supostamente uma idade em que tudo estará no seu devido lugar. E 23 de setembro simplesmente por ser o inicio da mais bela das estações. E posso até imaginar eu dizendo pra ela:
- A primavera veio e com ela o melhor de todos os presentes do mundo!
O pai? Ah, o pai não me importa muito, pelo menos não por agora. Confesso que já importou de maneira significativa, mas agora não mais.
Mas a parte mais surreal de todas é imaginar um diálogo onde minha menina questionaria o fato de se chamar Hannah (até pq, todo mundo em algum dia da vida quer saber o pq do seu nome).

- Mamãe, pq eu me chamo Hannah?
- Por causa de um livro que eu li quando tinha 16 anos.

E esse será exatamente o momento em que eu vou presenteá-la com aquele livro que é meu por direito depois de tantas idas e vindas.

sábado, 6 de setembro de 2008

Íris - Mitológico: Deusa da anunciação
























"E eu desistiria da eternidade para te tocar
Pois eu sei que você me sente de alguma maneira
Você é o mais próximo do paraíso que jamais estarei
E eu não quero ir para casa agora
E tudo que posso provar é este momento
E tudo que posso respirar é a sua vida"
Iris - Goo Goo Dolls


Tô meio boba ainda pra raciocinar e falar alguma coisa que descreva esse momento tão especial.




domingo, 24 de agosto de 2008

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Meu Bê ^^

sábado, 16 de agosto de 2008

Ela segue costurando as cicatrizes da semana

"Se eu resistir a primeira semana, com certeza tenho fôlego pra estudar o resto da minha vida!"

Rá! que engraçado. Foi mesmo muito dificil e confesso que um pouco engraçado também. Acordar 05:40 da madrugada (é madrugada mesmo!), um frio terrível, todo dia a mesma ladainha: "Eu quero dormir, eu quero minha mãe!". Água absurdamente gelada, salto alto, inglês, subir e descer escadas um trilhão de vezes, assinar zilhões de papeis, ficar a beira de um ataque de nervos e finalmente a tão esperada noite:

"A idade antiga blá blá blá..." Ops! Cochilei na aula de Adm.
"A memória RAM é volátil..." Ops! Cochilei na aula de Informática.
"O direito privado..." Ops! Cochilei na aula de Direito.
"A linguagem culta..." Ops! Cochilei na aula de Português.
"Mais com menos nem sempre é mais..." Carái! Em matemática nem dá pra cochilar!

Enquanto isso no buzú...
-Moço, qual o último horário desse ônibus?
-11 horas.
-Ele sái de lá de Santa Mônica 11 horas?
-É.
-Que horas mais ou menos ele deve passar aqui pelo Itaigara?
-Acho que umas 11 e vinte, esse horário o trânsito tá livre, num demora não.
-Brigada.

Atrás das cadeiras mais altas, aquelas preferenciais pra prenha e velho, logo na frente. Essas são as melhores, o espaço pras pernas é maior, por incrivel que pareça, é confortável! Sentada alí, dormi, lógico. Acordei (ou pelo menos abri os olhos) no susto, por pouco eu ia parar no Largo do Tamarineiro, 11 horas da noite. O ônibus parou exatamente no ponto, um pouco mais a frente que o normal. Desci meio atordoada, tentando me manter acordada pelo menos até chegar em casa. Contei os passos e virei a esquina. Mas peraê, cadê a esquina? Buf! A testa foi diretão na parede da farmácia, que fica um pouco antes do momento certo de virar. "Cara, acho que calculei errado!". Olhei disfarçadamente para os lados, "ufa, parece que ninguém viu", pra falar a verdade eu não tava em condições de enxergar ninguém naquela hora, se alguém viu, riu e eu nem raparei. Enfim, casa, banho, Aminovac e cama.

Foi difícil, mas nada que eu não conseguisse superar, nada parecido com a semana passada, quando eu resolvi fazer a merda de admitir certas coisas indecentes a mim mesma. Aquelas velhas sentimentalidades idiotas de sempre.

"E então ela resistiu a primeira semana e foi feliz para sempre!"